terça-feira, 10 de maio de 2011

As Bolsas de Valores 03

História das Bolsas no Brasil
JAMQ
Dom Pedro II
          No Brasil, as bolsas de valores iniciaram seu funcionamento, oficialmente, em 1845, quando o imperador, Dom Pedro II, regulamentou a profissão de corretor de fundos públicos. Aqui, as bolsas de valores eram entidades oficiais e os seus corretores eram nomeados pelo poder público.
          Em 1890, Emílio Pestana fundou a Bolsa Livre, que fechou as portas 1 ano depois, em decorrência da política do Encilhamento, que aumentou a inflação e abalou a credibilidade do mercado financeiro brasileiro com especulação desenfreada e um número sem-fim de empresas fantasmas.
          4 anos mais tarde, em 1995, foi aberta a Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo, que veio dar continuidade à evolução do mercado de capitais brasileiro. Ela se instalou no Palácio do Café em 1934 e, em 1935, mudou seu nome para Bolsa Oficial de Valores de São Paulo, surge, então, a Bovespa.
          Até então, as bolsas de valores eram entidades corporativas oficiais e após as reformas do sistema financeiro e do mercado de capitais em 1965-1966 houve a desvinculação das bolsas das secretarias de finanças dos governos estaduais e a figura do corretor de fundos públicos foi substituída pela da sociedade corretora nas formas de sociedade por ações nominativas ou de cotas de responsabilidade limitada.
          Com isso, as bolsas assumiram a característica institucional, transformando-se em associações civis sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Em 1967, depois da reforma, a Bovespa passou a se chamar Bolsa de Valores de São Paulo.
          A Bovespa, então, foi acumulando volume de negócios até superar a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e, em 2000, as duas se integraram, cabendo à BVRJ a negociação de títulos da dívida pública e à Bolsa de Valores de São Paulo a negociação dos demais títulos.
          No mesmo ano, porém, a Bovespa passou a negociar todos os títulos, concentrando as transações de ações do Brasil, quando houve a integração das bolsas de valores de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas-Espírito Santo-Brasília, do Extremo Sul, de Santos, da Bahia-Sergipe-Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Paraná e a Bolsa Regional.
          Paralelamente, crescia em volume de negociações a Bolsa de Mercadorias & Futuros. Ela se origina de duas bolsas, uma fundada com o nome de Bolsa de Mercadorias de São Paulo, em 1917, por empresários paulistas ligados à exportação, ao comércio e à agricultura e a outra em 1985, com o nome de Bolsa Mercantil & de Futuros.
BMF&BOVESPA
          Negociando principalmente café, boi e algodão, a Bolsa de Mercadorias de São Paulo inovou introduzindo as operações a termo. A BM&F, por sua vez, passando a operar em 1986, conquistou rapidamente posição de destaque entre as commodities exchanges negociando contratos futuros, de opções, a termo e a vista, referenciados em índices de ações, ouro, taxas de juros e taxas de câmbio.
A capitalização da PETROBRAS elevou a BMF&BOVESPA à posição de 2ª maior bolsa de valores do mundo
          Em 9 de maio de 1991, BM&F e BMSP resolvem fundir suas atividades, aliando a tradição desta ao dinamismo daquela. Surge então a Bolsa de Mercadorias & Futuros – mantendo a sigla BM&F - cujo objetivo era desenvolver mercados futuros de ativos financeiros, agropecuários e outros.
          Em 2008, com a integração da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), cria-se a BMF&BOVESPA, principal instituição de negociação de ações e títulos do Brasil e 2ª maior do mundo (após a capitalização da Petrobrás) em volume de negócios.
          Agora que vocês já sabem como as bolsas se formaram podem avançar para as suas atribuições e entender melhor a importância dessas entidades, tema da próxima postagem.

          Veja as outras postagens sobre o tema: Parte 1, Parte 2Parte 4, Parte 5 e Parte 6

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